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PROJETOS

Projeto - Cenas Infantis

As peças apresentadas em Cenas Infantis provocam interatividade e a busca do “toque emocional”. Para a arte contemporânea propõe espaços ligados às motivações lúdicas e à necessidade de acentuar pontes com o cotidiano, não perdendo de vista que a Arte é, também, celebração da vida. São 41 esculturas colocadas sobre bases acrílicas algumas giratórias – as obras podem ser tocadas e movimentadas pelo visitante. Dez peças possuem de 2 m a 3,5 m de altura e as menores estão dispostas em “janelas abertas” para novos horizontes. Desdobramentos da exposição são oferecidos pela equipe de Sandra Guinle, através de textos, vídeos-instalações e oficinas. Obras identificadas em braile e visitas orientadas completam esta mostra.

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Elza Ajzenberg

Projeto - Pequenas Bailarinas

A arte sempre esteve presente no cotidiano de Sandra, nas pequenas coisas, nos detalhes mais inesperados.

Desse encontro consigo mesma e com sua verdadeira expressão espontânea de criar arte, com as mãos, através de seu coração generosamente artístico, surge a série "Pequenas Bailarinas", esculturas que evidenciam o movimento, bailarinas que dançam na leveza da concepção frenética das mãos da escultora e no toque dos curiosos visitantes que se extasiam com a simples permissão para tocar.

Composta por 17 desenhos a carvão e 19 esculturas de diversas dimensões, todas em bases giratórias.

A exposição apenas reforça a delicadeza pela proposta vigorosamente singela e lúdica das obras da artista e vontade de expor, de repartir, de interagir em exposições repletas de cores, de formas, de movimentos, de volumes, de detalhes, de sentimentos, enfim de vida.

 

Eduardo Veríssimo

Projeto - Textos

As esculturas lúdicas de Sandra Guinle doadas para o Museu da Educação e do Brinquedo da Feusp encontram-se no segundo andar da biblioteca, em amplo e iluminado espaço destinado à pesquisa de acervos especiais, obras raras, entre mesas com computadores, aconchegantes e coloridos sofás, e a paisagem verdejante das tipuanas, que podem ser vistas pelas janelas, que exibem exuberante colorido dourado das flores amarelas nas frondosas copas durante a primavera.  Nesse ambiente destaca-se “ a menina com balões”, que expressa a magia da criança que segura os balões, que se encanta olhando boquiaberta os balões que giram ao seu redor; a bailarina, que em gestos delicados mostra sua habilidade na dança; as brincadeiras do rodopio, que geram a sensação de vertigem, de ilinx de Caillois; o pular corda, brincadeira tão a gosto das crianças de todos os tempos e de várias outras que podem ser apreciadas. É um convite para imaginação, reflexão, produção e expressão da cultura. De qual cultura falamos? Dos livros? Da arte? Da imaginação construída por cada um em consonância com tempos e espaços diversos? 

Nas  bibliotecas dos tempos medievais descritas por Umberto Eco, em “O nome da Rosa”, as rosas eram obras raras, inacessíveis para curiosos envenenados quando as buscavam. Hoje prevalece outro conceito de espaço aberto de leitura, de pesquisa, de exposições, que amplia o conceito de cultura para além do acervo bibliográfico, que estende a alegoria à rosa para outros bens culturais. Muitas bibliotecas dispõem de “toy library” (biblioteca de brinquedo) e oferecem além de livros, oficinas de artes e de histórias, exposições, brinquedos para emprestar e espaços para brincar, ampliando o conceito de cultura na biblioteca.

Assim, as esculturas lúdicas de Sandra Guinle na biblioteca configuram outras “rosas”, talhadas no bronze, que ultrapassam a rigidez do metal nos gestos, na expressão viva dos personagens que brincam, trazendo a leveza das brincadeiras que aproximam leitores, artistas e brincantes.

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Tizuko Morchida Kishimoto

Projeto - Maternidade

Foi um prazer criar as obras para “Maternidade”, muitas me fazem lembrar momentos mágicos passados ao lado de uma extraordinária mãe que  driblando as dificuldades de uma vida bastante modesta  tinha sempre em seu rosto o sorriso que me confortava a alma. .Bonecas de espiga de milho, passeios de carro de boi e banhos em riachos onde as mulheres se juntavam para lavar roupas entoando inesquecíveis cantigas; adornavam minha singela infância de forma pitoresca e singular.

Depois de uma infância tão feliz surgiu em mim o desejo de abraçar um filho, e qual não foi minha surpresa em perceber a grande diferença entre uma meninha de verdade e a boneca que em meus braços era levada para todo o lado. Ser mãe tem exigido muita paciência e educar um filho hoje em dia, tem sido um verdadeiro desafio.

Em meio a tanta saudade desenvolvi vinte e cinco esculturas em bronze em miniatura que abordam com delicadeza o iluminado relacionamento entre mãe e filho. Na dureza do bronze, a força dessa figura indispensável, a mãe. Na sutileza do movimento e na vida própria encontrados em cada obra, a certeza de que “Maternidade” cala fundo no coração de cada um de nós e a intenção mais pura de continuar dividindo minha emoção com todos que tem acompanhado minha trajetória como escultora e artista plástica.

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